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terça-feira, 21 de agosto de 2012

PIBID em Minas Gerais


 Semana passada alunos do PIBID e alunos do curso de Artes Visuais da UEPG estiveram em Minas Gerais, conhecendo mais sobre o Barroco. Estivemos nas cidades de Ouro Preto, Mariana e Congonhas, cidades históricas com obras do artista Antônio Francisco Lisboa - O Aleijadinho e de pintores como Manuel Athaíde.

 Grupo PIBID em Mariana
Foto: Jéssyka Fipke

O Aleijadinho é sem dúvida, o artista colonial brasileiro mais estudado e conhecido. Aleijadinho nasceu em Vila Rica no ano de 1730. Filho de escrava com um mestre-de-obras português. Iniciou sua vida artística ainda na infância, observando o trabalho de seu pai que também era entalhador.
retrato Aleijadinho 
Fonte: http://agenciafm.blogspot.com.br/2010/04/saiba-como-age-gangue-do-aleijadinho.html

Por volta de 40 anos de idade, começa a desenvolver uma doença degenerativa nas articulações. Aos poucos, foi perdendo os movimentos dos pés e mãos. Pedia a um ajudante para amarrar as ferramentas em seus punhos para poder esculpir e entalhar. Morreu pobre, doente e abandonado na cidade de Ouro Preto no ano de 1814. O conjunto de sua obra foi reconhecido como importante muitos anos depois. Atualmente, Aleijadinho é considerado o mais importante artista plástico do barroco mineiro.

Igreja Bom Jesus do Matozinhos em Congonhas

fonte: http://sfgcausos.zip.net/arch2010-08-01_2010-08-07.html
  Detalhe da igreja
 Foto: Jéssyka Fipke
A igreja Bom Jeus do Matozinho e os profetas em pedra sabão,obras do artista mineiro Aleijadinho mostra toda a genialidade do artista. 

Praça Tiradentes -Ouro Preto.

Foto: Jéssyka Fipke

Será realizada uma exposição de fotografias de Minas Gerais, processo ainda em andamento. Logo teremos mais informações que serão postadas aqui no blog.
Boa tarde!

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Incendio no Rio de Janeiro destrói obras de arte e serve de alerta.

Um incendio em um casarão no rio destruiu varias obras de arte e chama a atenção para o risco que essas obras no país, vários casarões antigos e com pouca segurança abrigam peças valiosas. O casarão destruído pertencia a Jean Boghici (colecionador de arte romeno que tinha um casarão em copacabana), entre as peças queimadas haviam quadros de Di Cavalganti e Guignard. Após o acontecido críticos de artes alertam que se nada mudar o Brasil corre risco de perder outras obras valiosas.

Em conversa retirada do jornal R7 o crítico e mestre em arte Oscar D'Ambrosio tem o seguinte a dizer:

R7 – Como o mercado de arte reagiu à notícia do incêndio no apartamento do colecionador romeno Jean Boghici, em Copacabana, no Rio?
Oscar D’Ambrosio – Em primeiro lugar, a gente precisa lembrar que esse tipo de acervo pessoal no Brasil é muito mal guardado e com condições de segurança muito baixas. Infelizmente, não há muita surpresa em notícias como essa. Há pouco tempo, tivemos o incêndio do acervo do Helio Oiticica, em 2009. Infelizmente, o Brasil não tem tradição de conservação de acervo com segurança e uso de novas técnicas adequadas. Não existe uma cultura em relação a isso. Em São Paulo, há artistas que guardam acervos em galpões. Isso é um perigo para a cultura nacional. Por exemplo, no caso do Jean, ele tinha acervo de Di Cavalcanti e Tarsila. Se nada mudar, a tendência é que isso aconteça cada vez mais. É uma situação seríssima que só tende em se agravar. Muitas vezes os herdeiros dos colecionadores não têm interesse, e muitas vezes cultura, para perceber, para preservar esse materiais, que deterioram ou ficam sujeito a este tipo de calamidade. Acho que nos próximos 30 anos muita coisa pode se perder. Isso sem falar nas obras que estão no interior...



R7 – Há muitas obras de arte de importância nacional e mundial em situação semelhante, ou seja, sob risco?
Oscar D’Ambrosio – Quando a gente pensa em colecionador particular estamos falando de obras em ambiente que não temos ciência de como são. Herdeiros das famílias tradicionais de São Paulo têm importantes obras do modernismo sujeitas ao roubo, ao incêndio ou a qualquer tipo de intempérie. Eles não divulgam que têm a obra, com medo de assalto, mas acabam sujeitos a coisas desse tipo. Os casarões antigos têm parte elétrica muito deteriorada, assim como os velhos apartamentos, como são os de Copacabana. O Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e Pernambuco são os principais Estados onde há patrimônios importantes em risco.

R7 – O que deveria acontecer, em sua opinião, com as obras de artes importantes que pertencem a proprietários particulares? Deveria haver algum tipo de cuidado ou prestação de contas a órgãos públicos?
Oscar D’Ambrosio – Em um primeiro momento deveria existir uma conscientização de quem tem acervo importante na tentativa de preservarem o que possuem. Isso significa guardar adequadamente. Poderia haver um empréstimo dessas obras a museus, onde elas estariam em melhores condições. Instituições de estímulo à cultura deveriam incentivar as pessoas a fazerem isso. Mas é claro que eu sei que isso é muito difícil de acontecer, porque as obras têm muito valor, trata-se de um bem herdado. Mas também é preciso pensar na preservação da cultura nacional. Há que se levantar a discussão de preservar essas obras que são importantes para o Brasil, são obras de Tarsila do Amaral, Di Cavalcanti e Cândido Portinari, nomes importantes de nossa arte.

R7 – O senhor faz ideia de quanto valia os dois quadros destruídos?
Oscar D’Ambrosio – Isso varia muito. Não há como eu estimar um valor, porque dependeria do mercado. Obras desses dois artistas têm valor inestimável, sobretudo porque servem para entender o conjunto do artista como um todo. Não ter essas obras é uma perda. Qualquer obra de Di Cavalcanti ou de Guignard é uma obra do povo brasileiro de valor inestimável.

R7 – Qual a importância de Samba, de Di Cavalcanti, e A Floresta, de Guignard, os dois quadros queimados, para nossa arte?
Oscar D’Ambrosio – São obras importantíssimas do modernismo brasileiro. No caso do Di Cavalcanti, ela reflete essa característica dele pela busca da brasilidade, da mulher, da paisagem e da musicalidade brasileira. Di Cavalcanti e Heitor dos Prazeres, considerado um artista primitivista, foram os dois que mais exaltaram o samba. Já o Guignard foi um grande representante da paisagem mineira e foi fundador de uma escola de pintura em Minas Gerais. A obra dele é uma referência no Brasil.




Noticia retirada de: http://noticias.r7.com/rio-de-janeiro/noticias/obras-de-arte-correm-risco-no-brasil-alerta-critico-apos-incendio-no-rio-20120814.html