No dia 26 de março de 2015, o projeto de iniciação a docência
(PIBID), de licenciatura em arte visuais, esteve presente no Museu Oscar
Niemeyer, em Curitiba, para visitar a exposição do grande fotografo Sebastião
Salgado, sob título de "GENESIS". A mostra conta como é a vida no seu
princípio, sem alteração da vida moderna.
Nas fotografias de
Sebastião Salgado podemos viajar em nosso mundo em apenas alguns passos.
trazendo os costumes de povos que ainda existem, e que não tem alteração dos
tempos modernos. Traz também os animais de cada polo e cada região do planeta,
com ângulos surpreendentes.
Museu Oscar
Niemeyer apresenta Genesis, mostra fotográfica de Sebastião Salgado
O Museu Oscar
Niemeyer (MON) recebe, do dia 6 de novembro de 2014 ao dia 17 de maio de 2015,
nas salas 4 e 5, a exposição “Genesis”, do fotógrafo Sebastião Salgado. Com
curadoria de Lélia Wanik Salgado, a mostra é o resultado de oito anos de
trabalho, com 245 imagens selecionadas, divididas em cinco seções geográficas.
Dentro delas, o visitante pode observar as fotografias com temas como
montanhas, desertos, florestas, tribos, aldeias, animais. Seu trabalho se
mantém forte, focado na temática social, fotografias em preto e branco e
bastante contrastadas.
Fruto de mais de 30
viagens, o objetivo do fotógrafo com esta mostra é trazer ao público ambientes
que ainda não tenham sido atingidos pela vida moderna e que se mantêm intactos
na natureza.
Seções temáticas
A mostra “Genesis”
é dividida em cinco partes, em seus respectivos ecossistemas:
Planeta Sul
A Antártica, suas
paisagens congeladas e seus destemidos animais, como pinguins, leões marinhos e
baleias, fotografados inclusive em suas zonas de reprodução na Península
Valdés.
Também estão nessa
seção imagens do Sul da Georgia, as Falklands/Malvinas, o arquipélago Diego
Ramirez e as Ilhas Sandwich, onde as numerosas espécies de albatrozes,
petreis-gigantes, cormorões e também pinguins vivem.
Santuários
Abrindo com as
singularíssimas paisagens vulcânicas e a fauna das Ilhas Galápagos, engloba
ainda as populações anciãs da Nova Guiné e Irian Jaya, os Mentawai da Ilha
Siberut (nos arredores da província de Sumatra, na Indonésia), e paisagens,
vida selvagem e vegetação dos diferentes ecossistemas de Madagascar.
África
A impressionante
variedade de imagens: da extraordinária vida selvagem do Delta de Okavango, na
Botswana, até os gorilas do Parque Virunga, na divisa de Ruanda, Congo e Uganda
; do grupo Himba, da Namíbia, e dos tribais Dinkas do Sudão, até a população do
Deserto Kalahari em Botswana; das tribos do Omo Sul, na Etiópia, até as antigas
comunidades cristãs do norte da Etiópia.
Na África,
revelam-se espetaculares - e numerosos - desertos, com suas cores indo do cinza
escuro até o vermelho profundo, suas texturas de areia e pedra; alguns são
planos, como oceanos, outros estão interrompidos por montanhas áridas. Em
algumas imagens capturadas na Líbia e na Argélia, veem-se sinais de vida, não somente
cactos e roedores mas também na arte rupestre datada de milhares de anos.
Terras do Norte
Mostra as visões do
Alasca e do Colorado, nos Estados Unidos; as paisagens naturais do Parque
Nacional Kluane, no Canadá; estão aqui também o extremo Norte da Rússia,
incluindo o local de reprodução do urso polar na ilha Wrangel, a população
indígena Nenet, no norte da Sibéria, e também a península Kamchatka, na ponta
mais oriental da Rússia.
Amazônia e Pantanal
A enorme floresta
tropical, vista do céu, é cortada pelo rio Amazonas e seus afluentes – e o
desenho lembra uma gigantesca árvore da vida, com braços e mãos se estendendo
do coração do Brasil em direção aos países vizinhos. Seguindo em direção ao
Norte para capturar os Tepuis Venezuelanos, as mais antigas formações
geológicas na terra, a seção inclui ainda as imagens da vida selvagem do
Pantanal no Mato Grosso, da tribo indígena Zo e, “contatada” pela primeira vez
há apenas duas décadas, assim como as tribos mais assimiladas do alto Rio
Xingu.
Genesis
A documentação, que
também resultou em um livro de nome homônimo, já passou por Museus dentro e
fora do Brasil. Suíça, França, Itália, Inglaterra e Canadá são alguns países.
China, Coreia, Alemanha e Portugal vão receber a mostra em 2015.
No Brasil, São
Paulo, Porto Alegre, Brasília, Belo Horizonte e Rio de Janeiro já receberam a
exposição. Em Curitiba, o público pode conferir a mostra até março de 2015 no
Museu Oscar Niemeyer.
Na obra de
Sebastião Salgado, este é o terceiro mergulho de longa duração em questões
globais. As primeiras foram Trabalhadores (1986-1992) e Êxodos (1994-1999), que
retrataram as duras consequências das radicais mudanças econômicas e sociais
sobre as vidas humanas.
Patrocínio
A exposição tem
patrocínio da Copel – Companhia Paranaense de Energia - que comemora 60 anos em
2014. Considerada a maior empresa do Paraná, a Copel atua com tecnologia de
ponta nas áreas de geração, transmissão e distribuição de energia, além de
telecomunicações.
Sobre Sebastião
Salgado
O artista, nascido
em Minas Gerais, emigrou para Paris com Lélia Salgado durante a ditadura
militar no Brasil. Em suas viagens a trabalho para a África, começou a
fotografar, sem intenções profissionais, com a Leica de Lélia, descobrindo
assim sua paixão pelo fotojornalismo. Em 1979, o fotógrafo entrou para a Magnum
– agência de fotografia criada por Robert Capa e Henri Cartie Bresson.
No dia 30 de março
de 1981, Salgado estava fotografando uma série sobre os primeiros dias de
Ronald Reagan e documentou o atentado a tiros contra o então presidente. Com
exclusividade, a venda das fotos para diversos jornais foi o que financiou seu
primeiro projeto de fotografia autoral e documental, uma viagem à África.
Seu primeiro livro
publicado foi em 1986, “Outras Américas”. No mesmo ano, lançou o “Homem em
Pânico”, sobre a seca no Norte da África. Em 2000, Salgado lança “Êxodo”,
focando neste fenômeno global. De 2004 a 2012, Salgado e sua esposa Lélia
viajaram 32 regiões extremas para resultar no livro “Genesis”.
Hoje, Sebastião
Salgado é embaixador da Boa Vontade da UNICEF e membro honorário da Academia de
Artes e Ciências dos EUA.
Texto retirado do site: http://www.museuoscarniemeyer.org.br/exposicoes/exposicoes/sebastiaosalgado
Iceberg entre a ilha Paulet e as ilhas Shetland do Sul no mar Weddell. Península Antártica. 2005
Na região da bacia do Xingu, estado de Mato Grosso, um grupo de indígenas waurá pesca na lagoa Piyulaga, perto de sua aldeia. Mato Grosso, Brasil. 2005
As mulheres mursi e surma são as últimas mulheres do mundo a usar discos para estender os lábios. Dargui, povoação mursi no Parque Nacional Mago, perto de Jinka. Etiópia. 2007
Teureum, sikeirei é chefe do clã Mentawai. Este xamã está preparando um filtro para sagu, a partir das folhas do próprio saguzeiro. Ilha Siberut. Sumatra Ocidental. Indonésia. 2008
Imagens: http://www.museuoscarniemeyer.org.br/exposicoes/exposicoes/sebastiaosalgado
Para o Pibidiano de Artes Visuais é de extrema importância estar em contato com a Arte nos museus ou onde quer que ela esteja, é um processo de atualização na sua formação tanto profissional, como pessoal.
Nenhum comentário:
Postar um comentário